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segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Não nos roubarão o Natal

Hoje como ontem. Hoje talvez com mais sagacidade, ontem pela espada. Ao longo da história não faltou quem nos quisesse roubar o Natal.
Hoje a insinuação comercial tornou tudo reluzente, brilhante e cheio de estrelas. Levemente, discretamente impõem tanta luz que ofusca a Luz nascida num buraco negro duma gruta.
Ontem, Herodes e outros muitos quiseram matar o Natal.
Não o conseguiram, não o conseguem, não o conseguirão.
A todos os que me desejaram também eu lhes desejo um Feliz Natal. E aos outros também.
A todos um feliz Natal, aos santos e aos violentos, aos mansos e aos insensíveis, aos corações duros e às cabeças cheias de números e cifrões.
Apesar do frio e da dureza o Menino continuará a nascer. Muitos meninos continuarão a nascer. A esperança não morrerá sem mais.
Não nos roubarão o Natal, nem os faraós nem os reis, nem os césares nem os ímpios, nem o esquecimento nem o desinteresse, nem as luzes nem as sombras, nem os medos nem as falsas alegrias.
Não nos roubarão o Natal, porque não nos roubarão a esperança enquanto tivermos esperança e memória de meninos.

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