No fim do ano litúrgico o convite é sério: recorda-nos que
fomos criados para amar e sugere que avaliemos a vida cristã para amar melhor.
FOMOS CRIADOS POR AMOR E PARA O AMOR
O último Domingo do ano cristão
Hoje é o último Domingo do ano cristão. O próximo é de Advento, é já um novo ano, um novo ciclo da vida da Igreja.
É próprio destes dias que a Palavra de Deus nos vá falando ao coração com palavras que apenas pretendem despertar-nos da dormência e do aconchego em que por vezes nos anestesiamos.
Nós não podemos viver como os homens e mulheres, que não se encontraram com o Vivo, não podemos viver como se não nos encontrássemos, semana após semana, em comunidade, com o Senhor da Vida, Aquele que fundamenta toda a alegria.
O ano cristão vai terminando e a liturgia convida-nos a reflectir, porque todos temos um fim e depois do fim haveremos de ser julgados sobre o amor que pusemos em prática.
Oportunidades mais
Ao olharmos para trás — infelizmente só quando olhamos para trás é que tal é tão visível! — percebemos as oportunidades com que fomos sendo beneficiados para aprender mais, crescer mais, rezarmos mais, viver melhor com e como Jesus!
Só quando se chega ao fim é que se vê o caminho percorrido e se tem noção completa dos desvios e atrasos. Sirvam, portanto, estes dias para agradecer e louvar o Senhor. Como foi belo preparar o seu Natal, cantar junto do presépio, ter acompanhado Jesus na juventude, na pregação do Reino e junto à Cruz.
Como vencedor Ele ressuscitou vitorioso e foi assim que, hora a hora, domingo a domingo, nos chamou ao convívio conSigo para partilharmos a alegria da sua presença gloriosa com todos os irmãos e irmãs.
Tivemos tantas oportunidades mais durante o ano litúrgico findo! Que fizemos delas?
Deitar contas à vida
A vida cristã vivida conscientemente obriga-nos a deitar contas à vida. Que fizemos nós das oportunidades mais, de vida mais, que Deus no deu para vivermos?
Como nos apresentaremos diante d’Ele: de mãos vazias?, ou com elas doridas de tanto se vergarem e cuidarem dos irmãos fracos e pobres? Quando cresceremos?, ou entramos em déficit de fé e de prática religiosa? O nosso coração pulsa jovem, forte e renovado?, ou anda fechado em si e encolhido como se temera gastar-se ou ferir-se por se abrir a quem dele precisa?
Deitar contas à vida não deve ser um exercício depressivo, mas um acto de fé que só é válido se feito em confiança.
Um rei que faz justiça
O Evangelho de hoje, Solenidade de Cristo Rei, fala-nos da convocatória universal para nos apresentarmos perante o Rei-Messias, que, sentado no trono da sua glória, realizará um juízo universal ao qual serão chamados todos os seres humanos, a fim de ouvirem a sentença final. Final e definitiva.
O que estará a juízo — contrariamente aos outros juízos — não são os nossos erros ou crimes, mas o bem realizado ou omitido, e a caridade negada ao necessitado: alimento, água, acolhimento, companhia, roupa.
No final, avisa Jesus, seremos examinados sobre o amor, o amor a Deus que se expressa na resposta às necessidades básicas dos mais pequeninos e frágeis. As obras de caridade são a visibilidade do amor que devemos ter, e que ou se tem ou não se tem, porque ou se ama ou não se ama.
Quem se nega a amar fechando o coração ao próximo e por isso mesmo a Deus, quem se aconchega no seu egoísmo e na omissão e se fecha na indiferença às dores alheias e não faz o bem que podia fazer, esse fecha‑se a Deus, separa-se dEle, e será apartado do Seu amor e não participará no reino que lhe foi preparado.
Deus é amor
Fomos criados por amor e para o amor. O imenso amor que Deus nos tem impede-o de querer que alguém se perca. Deus tanto nos ama que se fez um de nós, para nos ensinar o caminho do amor ao próximo e para carregar sobre Si o nosso pecado. Deus tudo fez para que tenhamos vida, e vida em abundância e para toda a eternidade.
No fim do ano litúrgico o convite é sério: recorda-nos que fomos criados para amar e sugere que avaliemos a nossa vida cristã para amar melhor.
[Chama do Carmo- 23 NOV 2008]
FOMOS CRIADOS POR AMOR E PARA O AMOR
O último Domingo do ano cristão
Hoje é o último Domingo do ano cristão. O próximo é de Advento, é já um novo ano, um novo ciclo da vida da Igreja.
É próprio destes dias que a Palavra de Deus nos vá falando ao coração com palavras que apenas pretendem despertar-nos da dormência e do aconchego em que por vezes nos anestesiamos.
Nós não podemos viver como os homens e mulheres, que não se encontraram com o Vivo, não podemos viver como se não nos encontrássemos, semana após semana, em comunidade, com o Senhor da Vida, Aquele que fundamenta toda a alegria.
O ano cristão vai terminando e a liturgia convida-nos a reflectir, porque todos temos um fim e depois do fim haveremos de ser julgados sobre o amor que pusemos em prática.
Oportunidades mais
Ao olharmos para trás — infelizmente só quando olhamos para trás é que tal é tão visível! — percebemos as oportunidades com que fomos sendo beneficiados para aprender mais, crescer mais, rezarmos mais, viver melhor com e como Jesus!
Só quando se chega ao fim é que se vê o caminho percorrido e se tem noção completa dos desvios e atrasos. Sirvam, portanto, estes dias para agradecer e louvar o Senhor. Como foi belo preparar o seu Natal, cantar junto do presépio, ter acompanhado Jesus na juventude, na pregação do Reino e junto à Cruz.
Como vencedor Ele ressuscitou vitorioso e foi assim que, hora a hora, domingo a domingo, nos chamou ao convívio conSigo para partilharmos a alegria da sua presença gloriosa com todos os irmãos e irmãs.
Tivemos tantas oportunidades mais durante o ano litúrgico findo! Que fizemos delas?
Deitar contas à vida
A vida cristã vivida conscientemente obriga-nos a deitar contas à vida. Que fizemos nós das oportunidades mais, de vida mais, que Deus no deu para vivermos?
Como nos apresentaremos diante d’Ele: de mãos vazias?, ou com elas doridas de tanto se vergarem e cuidarem dos irmãos fracos e pobres? Quando cresceremos?, ou entramos em déficit de fé e de prática religiosa? O nosso coração pulsa jovem, forte e renovado?, ou anda fechado em si e encolhido como se temera gastar-se ou ferir-se por se abrir a quem dele precisa?
Deitar contas à vida não deve ser um exercício depressivo, mas um acto de fé que só é válido se feito em confiança.
Um rei que faz justiça
O Evangelho de hoje, Solenidade de Cristo Rei, fala-nos da convocatória universal para nos apresentarmos perante o Rei-Messias, que, sentado no trono da sua glória, realizará um juízo universal ao qual serão chamados todos os seres humanos, a fim de ouvirem a sentença final. Final e definitiva.
O que estará a juízo — contrariamente aos outros juízos — não são os nossos erros ou crimes, mas o bem realizado ou omitido, e a caridade negada ao necessitado: alimento, água, acolhimento, companhia, roupa.
No final, avisa Jesus, seremos examinados sobre o amor, o amor a Deus que se expressa na resposta às necessidades básicas dos mais pequeninos e frágeis. As obras de caridade são a visibilidade do amor que devemos ter, e que ou se tem ou não se tem, porque ou se ama ou não se ama.
Quem se nega a amar fechando o coração ao próximo e por isso mesmo a Deus, quem se aconchega no seu egoísmo e na omissão e se fecha na indiferença às dores alheias e não faz o bem que podia fazer, esse fecha‑se a Deus, separa-se dEle, e será apartado do Seu amor e não participará no reino que lhe foi preparado.
Deus é amor
Fomos criados por amor e para o amor. O imenso amor que Deus nos tem impede-o de querer que alguém se perca. Deus tanto nos ama que se fez um de nós, para nos ensinar o caminho do amor ao próximo e para carregar sobre Si o nosso pecado. Deus tudo fez para que tenhamos vida, e vida em abundância e para toda a eternidade.
No fim do ano litúrgico o convite é sério: recorda-nos que fomos criados para amar e sugere que avaliemos a nossa vida cristã para amar melhor.
[Chama do Carmo- 23 NOV 2008]
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